Consórcio ou financiamento: qual escolher e por quê?

Para escolher entre um consórcio ou um financiamento, vai ser preciso conhecer como cada um desses serviços financeiros funciona, considerar suas vantagens e desvantagens e, acima de tudo, analisar como anda o seu bolso e ponderar seu objetivo de vida, sua realidade atual e o nível de urgência do crédito.

Independentemente do seu objetivo financeiro – comprar um imóvel, um carro ou uma moto, construir ou reformar etc. –, você já está mais perto de tomar a decisão certa. Leia este artigo até o final e descubra exatamente qual caminho seguir.

O que é melhor: consórcio ou financiamento?

É possível afirmar que o consórcio é melhor do que o financiamento em termos de taxas e formas de pagamento, principalmente. Quem opta por essa modalidade não paga juros e arca apenas com uma taxa de administração paga de forma diluída na prestação acertada mensalmente com a corretora. Além disso, o consorciado tem muitas facilidades para acertar suas mensalidades.

Existem, ainda, outros benefícios do consórcio, que serão mencionados mais adiante neste artigo, junto com prós e contras do financiamento também.

Qual a diferença entre consórcio e financiamento?

O financiamento tem um custo total muito maior, que, às vezes, chega a representar o dobro do que seria pago em um consórcio, principalmente por causa das taxas. Por outro lado, quem contrata um financiamento consegue acesso imediato ao bem que deseja adquirir e não precisa esperar ser contemplado.

Mas, às vezes, a espera vale a pena – principalmente se for para gastar metade do que seria gasto se você seguisse o outro caminho, né?

Em resumo, a principal diferença entre as duas modalidades está no tempo de acesso ao crédito contratado e no valor pago por ele, então, para fazer a sua escolha, considere o quão urgente é a aquisição do bem, construção ou reforma, por exemplo, e, acima de tudo, quanto cada opção vai pesar no seu bolso.

Veja um comparativo!

Tabela de simulação comparando financiamento e consórcio, valor 100 mil e 100 mil respectivamente, prazo 180 meses e 180 meses respectivamente, taxa de juros, taxa adm. (2) 9,44% ao ano e 1,53% ao ano, respectivamente, parcela inicial R$ 1.364,13 e R$ 683,33, respectivamente, custo total mais de R$ 245 mil e R$ 123 mil, respectivamente, economia com consórcio R$ 122.543,40

Agora, siga a leitura para conhecer vantagens e desvantagens tanto do consórcio quanto do financiamento.

Como funciona um consórcio?

O consórcio é caracterizado por um grupo de pessoas que se reúnem, através de uma administradora especializada em consórcios, em prol de um objetivo de compra em comum: uma casa ou um carro, por exemplo.

Mensalmente, todos os membros desse grupo pagam uma parcela referente ao crédito contratado e, do mesmo modo, todo mês, vários são sorteados e contemplados, ou seja, recebem a carta de crédito para adquirirem o bem desejado.

Cada pessoa sorteada continua pagando o número de parcelas acordadas mesmo depois de conseguir o que queria, e o consórcio se estende até que chegue ao fim o prazo estabelecido em contrato pela administradora e até que todos os cotistas, um por um, sejam contemplados com o prêmio!

São responsabilidades da administradora:

  • reunir os participantes;
  • separar os grupos;
  • arrecadar as parcelas.
  • liberar os créditos; e
  • administrar a inadimplência.

E a empresa ganha por esse trabalho? Sim! A chamada “taxa administrativa de consórcio”, única taxa paga por alguém que decide contar com o serviço de consórcio que, ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, não cobra juros ou outros tipos de taxas.

Quais as vantagens do consórcio?

Além de não ter juros, apenas uma taxa de administração cobrada mensalmente, o consórcio ainda:

  • é vantajoso para quem não consegue ter o hábito de guardar dinheiro e, mesmo assim, quer planejar a compra de um bem e para quem não quer ficar descapitalizado(a) por adquirir determinado objeto de desejo ou colocar em ação suas metas de vida;
  • não exige um valor mínimo de entrada;
  • tem parcelas menores quando comparado ao financiamento; e
  • tem valor total mais baixo também quando comparado ao financiamento.

A modalidade pode ser encarada como um investimento, já que, entre outras coisas, não é uma dívida feita com ninguém ou nenhuma instituição bancária e também permite aos seus participantes desistirem do envolvimento com o grupo se desejarem, dentro do que ficar definido no contrato firmado junto à administradora.

Um contemplado pode usar sua carta de crédito para quitar um financiamento que esteja em seu nome (como titular) e mesmo a última pessoa a ser contemplada de todo o grupo consegue lucrar no fim das contas, porque existem correções monetárias anuais sobre o valor da carta.

É benefício à beça!

E quais as desvantagens do consórcio?

Perto das diversas vantagens, as desvantagens do consórcio realmente não se destacam, mas você precisa saber que a carta de crédito não pode ser utilizada imediatamente porque, para alcançar sua meta, é necessário que você seja o(a) sorteado do mês – e que existe a possibilidade ser o(a) último do seu grupo a ser sorteado(a).

Isso não é de todo mal, porque a carta vai sendo valorizada de acordo com reajustes monetários do país, mas nem todo mundo gosta de esperar.

Agora, conheça o financiamento em detalhes.

Como funciona um financiamento?

O financiamento é uma operação financeira assim como o consórcio, mas funciona como uma espécie de empréstimo. Nele, quem precisa de dinheiro na mão para comprar determinado bem, construir ou reformar, entra em contato com uma instituição financeira e consegue o valor imediatamente, só que em troca do pagamento de uma taxa anual de juros e de outras despesas – incluídas no Custo Efetivo Total (CET) da contratação do serviço.

Uma vez tendo o financiamento aprovado pela instituição financeira financiadora, a pessoa que recorrer à modalidade não precisa esperar por um sorteio de carta de crédito e também não tem envolvimento com nenhum tipo de grupo, já que a operação é feita de modo individual.

Quais as vantagens do financiamento?

O financiamento pode ser considerado uma alternativa para os apressados. Entenda por que, conhecendo as principais vantagens desse formato:

  • carta de crédito liberada assim que sai a aprovação por parte do banco e possibilidade de compra imediata do bem; e
  • prazo de pagamento mais longo – normalmente de até 35 anos para imóveis e de até 15 anos para automóveis.

Por outro lado, essa operação financeira é mais burocrática e exige comprovação de nome limpo e de “bom pagador”, ou seja, de que a pessoa que conta com um financiamento tenha condições de arcar com as parcelas.

Quais as desvantagens do financiamento?

O bem adquirido fica registrado como garantia da dívida. E mais:

  • no caso de um financiamento imobiliário, há necessidade de um valor de entrada referente a 20% do valor do imóvel;
  • o Custo Efetivo Total (CET) é mais alto se comparado com o do consórcio; e
  • existe cobrança, pelo menos, de taxas de juros (anual) e de administração, de valor de cadastro, da amortização, do seguro e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Por fim, não é possível desistir da escolha ou recuar da decisão.

Fazer um consórcio ou financiar?

Para escolher entre consórcio ou financiamento, pondere bem antes de bater o martelo, colocando no papel os prós e contras de cada um e definindo muito bem qual objetivo você tem para o dinheiro. Analise também a sua realidade financeira atual e a urgência da aquisição.

Não esqueça que a escolha deve ser baseada nas suas necessidades pessoais e financeiras e em tudo o que você puder absorver de informações e orientações vindas de fontes confiáveis, como as trazidas no decorrer deste artigo, e entre em contato com uma consultoria para conversar sobre as possibilidades!

Tem tempo hábil para contratar um serviço financeiro mais vantajoso, com taxas mais acessíveis e prestações suaves? Busca, mais do que ficar endividado(a), conseguir novas oportunidades de investimentos? Então, o consórcio com certeza será a melhor solução.